Mutatis mutandis é uma expressão latina que significa mudando o que tem de ser mudado. O que é necessário é uma mudança radical.Aqui serão postados textos, notícias, etc., visando colaborar com tal mudança.
Assista abaixo o documentário "Onde Darwin Errou?", de Nildo Viana:
Documentário "Onde Darwin Errou?", de Nildo Viana.
Ficha Técnica:
Título: Onde Darwin Errou?
Direção: Nildo Viana
Duração: 1:15:08
Ano produção: 2020
Estreia: 27 de dezembro de 2020
Produtora: Edições Redelp/Nildo Viana
Gênero: Documentário
País de Origem: Brasil
Sinopse:
Darwin é considerado o fundador da “teoria da evolução”, e é tido por muitos como um cientista que mudou o mundo. Para alguns, ele é praticamente “inquestionável” e é idolatrado por muitos. No entanto, a verdadeira história de Darwin e do darwinismo foi ocultada, com raras exceções. O documentário mostra Darwin como ele realmente é, bem como os problemas contidos em suas ideias, perpassadas por racismo, sexismo e etnismo, e intimamente vinculadas aos interesses da classe capitalista. Da mesma forma, mostra os limites e problemas do darwinismo e sua herança posterior. Em síntese, o documentário aponta para uma síntese de diversas críticas ao darwinismo e diversos outros elementos relacionados.
Uma produção de Nildo Viana (http://nildoviana.com) e Edições Redelp (http://edicoesredelp.net).
Visite o canal da Edições Redelp:
https://www.youtube.com/channel/UCW4NQqy73G3-QfNwu4NwpMg
O problema fundamental de nossa sociedade é a exploração de classe. A produção mercantil capitalista não significa apenas exploração do proletariado, mas fome, desemprego e miséria para o lumpemproletariado.
Estimativas apontam que 128 mil crianças no mundo morrerão de fome nos primeiros 12 meses de pandemia. Crise causada pelo coronavírus tem agravado a situação da fome em várias partes do planeta
O Burkina Faso é um país africano limitado a oeste e a norte pelo Mali. O PIB do país é um dos piores do mundo em valores per capita: apenas US$ 1.500 dólares. A agricultura representa 32% do seu Produto Interno Bruto e é a ocupação de cerca de 80% da população economicamente ativa.
Com a pandemia de Covid-19 e a longa espera pela colheita, a fome no país está ainda mais feroz do que a maioria das pessoas já conheceu.
Essa fome já está perseguindo Haboue Solange Boue, uma criança que perdeu metade de seu antigo peso corporal de 2,5 quilos no mês passado. Com os mercados fechados devido às restrições do coronavírus, sua família vendeu menos vegetais. Sua mãe está desnutrida demais para amamentá-la.
“Meu filho”, sussurra Danssanin Lanizou, sufocando as lágrimas enquanto desembrulhava um cobertor para revelar as costelas salientes de seu bebê. O bebê choraminga silenciosamente.
A fome ligada ao vírus está causando a morte de mais 10 mil crianças por mês, em todo o mundo, durante o primeiro ano da pandemia, de acordo com um apelo urgente das Nações Unidas compartilhado com a The Associated Press antes de sua publicação no jornal médico Lancet.
Mais de 550 mil crianças adicionais a cada mês estão sendo atingidas por uma desnutrição que se manifesta em membros magros e barrigas distendidas. Em um ano, isso representa um aumento de 6,7 milhões em relação ao total de 47 milhões do ano passado. O desgaste e o retardo de crescimento podem causar danos físicos e mentais permanentes às crianças, transformando tragédias individuais em uma catástrofe geracional.
Em Burkina Faso, por exemplo, uma em cada cinco crianças sofre de desnutrição crônica. Os preços dos alimentos dispararam e 12 milhões dos 20 milhões de residentes do país não têm o suficiente para comer.
Da América Latina ao Sul da Ásia e à África Subsaariana, mais famílias do que nunca estão diante de um futuro sem comida suficiente. A análise revelou que cerca de 128 mil crianças morrerão nos primeiros 12 meses do vírus.
“Os pais das crianças estão desempregados”, disse Annelise Mirabal, que trabalha com uma fundação que ajuda crianças desnutridas em Maracaibo, a cidade da Venezuela até agora mais atingida pela pandemia. “Como eles vão alimentar seus filhos?”
Muitos são filhos de imigrantes que estão fazendo a viagem de volta à Venezuela vindos do Peru, Equador ou Colômbia, onde suas famílias ficaram desempregadas e impossibilitadas de comprar alimentos durante a pandemia. Outros são filhos de migrantes que ainda estão no exterior e não puderam enviar dinheiro para comprar mais comida.
“Todos os dias recebemos uma criança desnutrida”, disse o Dr. Francisco Nieto, que trabalha em um hospital na fronteira com o estado de Táchira. Ele acrescentou que eles se parecem “com crianças que não vemos há muito tempo na Venezuela”, aludindo àqueles que passam fome em partes da África.
Fome no Afeganistão e Iêmen
O Afeganistão está agora em uma zona vermelha de fome, com desnutrição infantil severa passando de 690 mil em janeiro para 780 mil – um aumento de 13%, de acordo com o UNICEF. Os preços dos alimentos subiram mais de 15% e um estudo recente da Universidade Johns Hopkins indicou que mais 13 mil afegãos com menos de 5 anos podem morrer.
Quatro em cada dez crianças afegãs já sofrem de nanismo. O nanismo acontece quando as famílias vivem com uma dieta barata de grãos ou batatas, com cadeias de suprimentos em desordem e dinheiro escasso.
No Iêmen, as restrições ao movimento também bloquearam a distribuição de ajuda, juntamente com a paralisação de salários e aumentos de preços. O país mais pobre do mundo árabe está sofrendo ainda mais com uma queda nas remessas e uma grande queda no financiamento de agências humanitárias.
O Iêmen está agora à beira da fome, de acordo com a Rede de Sistemas de Alerta Antecipado da Fome, que usa pesquisas, dados de satélite e mapeamento do clima para localizar os locais mais necessitados. Um relatório do UNICEF previa que o número de crianças desnutridas poderia chegar a 2,4 milhões até o final do ano, um aumento de 20%.
Dias depois de o bebê de 7 meses Issa Ibrahim deixar um centro médico no empobrecido distrito de Hajjah ao norte, ele sucumbiu a uma desnutrição aguda grave. Sua mãe encontrou o corpo em 7 de julho, sem vida e com frio.