Nildo Viana curtiu |
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011
A Questão da Organização em Anto Pannekoek
sábado, 6 de agosto de 2011
Ciência
domingo, 17 de julho de 2011
Ter ou Ser?
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Utopia
Quantos sonhos alimenta?
Teus sonhos se restringe a vós?
Teus sonhos envolvem o todo?
Tua sociedade como é pensada?
Ah!
Teus sonhos necessitam se ampliar
Ver longe, ver além do adestramento.
Ver, ver!
Somente assim, se libertará
Tua liberdade implica a minha
Tua liberdade implica a nossa
Veja: a quantas andas o teu desejo?
O que desejas amigo?
Desejas apenas isso: trabalho, conforto, família?
Deseja apenas segurança?
Desejas pouco...
Amplie teus desejos
Alargue teus horizontes
Veja longe...
Precisa ir além do que vê!
Precisa desafiar a cotidianidade
Ah! Essa regularidade
Essa naturalização da vida é o teu enjaulamento
Liberte amigo!
Anseio por ser livre, liberte amigo, anseio por ir além, muito além!
Mas como poderei?
Não estou só
Vivo atrelado aos outros, minhas ações se limitam caso aja ampliação da sua.
Sonhe amigo!
Os sonhos se tornarão realidade...
Se os meus e os teus sonhos tiver força de legiões.
sábado, 11 de junho de 2011
Escritos Revolucionários Sobre a Comuna de Paris
Sumário
Revolução e Escritos Revolucionários, Uma Breve Introdução Nildo Viana |
A Comuna de Paris Karl Marx |
A Comuna de Paris e a Noção de Estado Mikhail Bakunin |
A Comuna de Paris segundo Marx e Bakunin Nildo Viana |
Karl Marx e a Essência Autogestionária da Comuna de Paris Nildo Viana |
Bakunin e a Comuna Rafael Saddi |
A Comuna de Paris Piotr Kropotkin |
Kropotkin: A Comuna de Paris e o Comunismo Anarquista Nildo Viana |
A Comuna Revolucionária I Karl Korsch |
A Comuna Revolucionária II Karl Korsch |
Karl Korsch e a Comuna Revolucionária Nildo Viana |
Teses Sobre a Comuna de Paris Attila Kotányi, Guy Debord, Raoul Vaneigen |
A Importância e Significado da Comuna Henri Lefebvre |
Plágio, cotidiano e revolução nas análises sobre a Comuna na França de 1960 Marcus Vinicius Conceição |
domingo, 1 de maio de 2011
Carta de Piotr Kropotkin sobre o falso julgamento de Chicago
Carta de Piotr Kropotkin *
Senhor editor do New York Herald
A sentença de Chicago indica que o conflito está tomando na América uma proporção mais aguda e uma reviravolta mais brutal que jamais teve na Europa. As primeiras páginas desta história começam com um ato de represálias do pior gênero. Uma boa dose de vingança, porém nenhum fato concreto, é tudo o que se deduz do processo de Chicago. Li com atenção os dados da causa; pensei com atenção os indícios e a evidência, e não vacilo em assegurar que semelhante sentença só pode ser encontrada na Europa depois das represálias realizadas pelos Conselhos de Guerra após a derrota da Comuna de Paris, em 1871, o terror branco da restauração borbônica de 1815, há muito tempo atrás.
Estou completamente de acordo com as cartas dirigidas ao embaixador americano pela Câmara municipal de Paris e o Conselho geral do Sena em favor dos anarquistas sentenciados. Mas o tribunal de Chicago não tem a desculpa que tinham os conselhos de guerra de Versalhes, a saber: a excitação das paixões produzida por uma guerra civil depois de uma grande derrota nacional.
É evidente, sem dúvida, que nenhum dos sete acusados jogou bomba alguma. Está mais que provado que alguns já tinham se retirado quando a política atirou furiosamente sobre a multidão. E mais: o promotor não afirma que a bomba foi jogada por qualquer um dos sete acusados, pois acusa outra pessoa desse ato, que não está sob a ação da justiça. Só Spies é acusado de ter entregado um estopim para pôr fogo à bomba, mas o único homem que disso dá depoimento é um tal Gilmer, cuja má reputação é bem sabida e cujo costume de mentir foi afirmado por dez pessoas que vivia com ele. Ademais o mesmo Gilmer declara ter recebido dinheiro da polícia.
Após os acontecimentos de Haymarket, os legisladores de Illinois promulgaram uma lei contra os dinamiteiros e estão agora a ponto de promulgar outra contra toda a classe de conspiradores. Segundo esta última lei, qualquer ato relacionado com a fabricação de bombas, embora tenha fins legais, será considerado como criminoso. Acaba, pois, de ser destruído um dos principais artigos da Constituição. Segundo reza a futura lei, qualquer incidente que dê por resultado um ato ilegal, será também considerado como delito.
Não faz falta provar que a pessoa que comete um ato ilegal pode ter lido artigos ou escutado discursos que o aconselhavam a cometê-lo e assim agora todos esses artigos e discursos serão responsáveis de dito ato. Fica virtualmente suprimida a liberdade de falar e de escrever. Do mesmo modo a lei francesa reconhece uma relação direta entre a estimulação por meio da palavra, falada ou escrita e o ato executado.
A nova lei do Illinois me interessa muito pouco, em si mesma, e só desejo que conste o seguinte: sete anarquistas de Chicago foram condenados a morte graças a um simulacro da lei que ainda não existia em 1886, quando ocorreram fatos de que são acusados. A referida lei foi proposta com o objetivo de ser aplicada no processo de Chicago, e seu primeiro efeito será matar a sete anarquistas.
Afetuosamente,
Piotr Kropotkin
Tradução: Nildo Viana
* Sobre a Revolta de Haymarket, consulte: http://informecritica.blogspot.com/2011/04/o-verdadeiro-significado-do-primeiro-de.html
Mutatis Mutandis
Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mutatis_mutandis